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Comunicação

Conferências Macrorregionais de Saúde Mental

Nos dias 21 e 22 foi realizada a última Conferência Macrorregional de Saúde Mental, etapa Planalto norte e nordeste, em Joinville As conferências macrorregionais foram realizadas em 7 regiões contemplando todo o Estado. Ocorreram em Concórdia, Blumenau, Itajaí, Chapecó, Criciúma, Biguaçu e Joinville.



Nossa diretora, Sandra Lucia Vitorino, que é integrante do Conselho Estadual de Saúde, representando a cadeira de profissionais da saúde, realizou as conversas disparadoras nas cidades de Chapecó Criciúma e Joinville, enfocando os eixos do tema central “a política de saúde mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços de atenção psicossocial no SUS; num momento crucial onde a política de saúde mental sofre retaliações, desfinanciamento e inversão da lógica do cuidado em serviços abertos, onde novamente o hospital psiquiátrico volta a assombrar o direito das pessoas a serem tratadas em serviços substitutivos à internação psiquiátrica. Em média, cada macro conferência obteve um público de 150-200 pessoas e foram encaminhadas cerca de 50 propostas por cada Evento.


A próxima etapa é a 5ª Conferência Estadual de Saúde Mental de Santa Catarina, que vai acontecer nos dias 29 e 30 de junho. O eixo 1 “Cuidado em liberdade, como garantia de direito à cidadania “ será desenvolvido pela psicóloga Sandra Lucia Vitorino, dirigente do Sinpsi. Como ponto positivo, tivemos a participação do usuário dos serviços de Saúde Mental, Raphael Henrique Trávia, que fez falas disparadoras em todas as Macro Conferências, 4 delas em formato presencial e 3 através de vídeo. Pensando na lógica de “nada sobre nós, sem nós” a estratégia de ter um representante do segmento usuário. Nas conferências temáticas municipais e Macrorregionais priorizaram esse olhar de quem é usuário dos serviços, suas percepções, criticas e contribuições para o desenvolvimento da política de saúde mental. Sandra relata que os usuários se identificam com a fala de Raphael, e isso proporcionou muita potência às Conferencias.

Apesar disso, Sandra sinaliza que por ser uma Conferência Temática, a escolha de usuários que seguem tratamento na Rede de Atenção Psicossocial como delegados não foi significativa. Por fim, Sandra ressalta que foi discutido o reflexo do desmantelamento da política de saúde mental e que notou-se um crescimento de profissionais e gestores, fazendo a defesa de hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas participando das conferências, fazendo a defesa de dispositivos e procedimentos de lógica manicomial totalmente contrários ao que preconiza a 5 Conferência Nacional de Saúde Mental que é o cuidado em liberdade, respeitando a singularidade das pessoas oferecendo uma política inclusiva e humanizada. Sobre a Conferência Nacional de Saúde Mental, a ser realizada em novembro, corre sérios riscos de não ocorrer, pois segundo o Conselho Nacional de Saúde não houve previsão orçamentária para tal.



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